As lentes de contato são uma excelente opção para quem não se adapta muito bem aos óculos ou querem variar o visual. Também são utilizadas como abordagem terapêutica após a realização de algumas cirurgias oculares ou para tratar determinadas doenças que afetam os olhos.
No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas façam uso das lentes de contato reutilizáveis ou descartáveis, por algum motivo. Entretanto, apesar das facilidades que esse produto oferece aos portadores de ametropias e outros problemas oftalmológicos, também pode representar um risco para a saúde ocular.
Isso acontece devido às características frágeis que os olhos possuem, uma vez que é um órgão exposto com baixa proteção. Ao entrar em contato direto com a membrana superficial da córnea, as lentes de contato são capazes de transportar diversos agentes infecciosos para dentro do olho.
O resultado disso pode ser infecções e inflamações diversas, cegueira momentânea e até mesmo prejuízos perenes na visão. Entretanto, o risco oferecido pelas lentes de contato só se tornam um problema real porque os usuários não seguem as recomendações dos especialistas e dos fabricantes de forma apropriada.
Entenda quais são os piores erros cometidos por quem usa lentes de contato.
Principais descuidos ao utilizar as lentes de contato
Uso prolongado
A maioria das lentes não são fabricadas para serem utilizadas por longos períodos de tempo. As lentes com baixo grau de oxigenação, por exemplo, indicam que a córnea não está recebendo oxigênio satisfatoriamente. Isso pode resultar em morte precoce de algumas células superficiais do local, facilitando a ação de agentes infecciosos.
Não tirar as lentes de contato para dormir
A lente é uma barreira para a entrada de oxigênio na córnea. Quando a pessoa dorme, esse processo fica ainda mais difícil, oportunizando o desenvolvimento de lesões e úlceras de córnea.
Não higienizá-las corretamente
Bactérias e fungos se proliferam com facilidade em lentes de contato. Isso ocorre porque as pessoas acham que limpar apenas com soro fisiológico ou água é suficiente. Não é. A água pode ajudar a contaminar a lente, uma vez que pode estar infectada com bactérias e substâncias causadoras de irritação. Já o soro fisiológico, não tem função antibactericida. Existem produtos no mercado especializados para desinfectar as lentes e isso precisa ser realizado sempre antes e após o uso.
Não esterilizar e trocar os estojos de armazenamento
Os estojos de armazenamento das lentes podem armazenar bactérias e fungos se não forem esterilizados com a constância correta. Pelo menos uma vez ao mês, deve-se fervê-lo em água por 30 minutos. A troca, deve ser realizada a cada meses.
Não lavar as mãos ao manuseá-las
Nossas mãos são grandes vetores de doenças quando não fazemos a higienização nos momentos corretos. Ao entrarmos em contato com qualquer superfície contaminada, podemos facilmente sermos infectados por diversos tipos de doenças.
No caso das lentes de contato, a higienização com água e sabão deve ser realizada sempre antes do manuseio. Além disso, o uso de toalhas felpudas para enxugá-las após a limpeza tem um porém. Essas toalhas soltam fibras de tecido que podem grudar na lente ao serem aplicadas e irritar a córnea
O que fazer se houver sinais de infecção?
Se o olho ficar vermelho de uma hora para outra e acompanhar sintomas como coceira, inchaço, secreção, dor, sensibilidade à luz, entre outros, a primeira coisa a se fazer é retirar a lente de contato. Esses sinais não devem ser encarados como passageiros. Agende consulta com seu oftalmologista o mais rápido possível, pois poderá significar alguma infecção.
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