A cegueira infantil é um sério problema global especialmente nos países em desenvolvimento. Só para se ter uma ideia, aproximadamente 1,4 milhão de crianças são cegas no mundo e, a cada ano, surgem em torno de 500 mil novos casos. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Quando as alterações oftalmológicas e doenças oculares atingem pessoas ainda na infância e não são tratadas da maneira adequada, o problema pode resultar em deficiência visual e cegueira permanente na vida adulta.
Indivíduos cegos enfrentam muitas dificuldades para se desenvolverem física, social e educacionalmente. Trata-se, afinal de contas, de um privação séria que impacta diretamente a qualidade de vida. Pensando nisso, preparamos um texto completo com as causas, sintomas e maneiras de prevenir o problema. Acompanhe!
Quais são as causas da cegueira infantil?
Múltiplos fatores podem causar a cegueira em crianças. Nos países com baixa renda per capita, por exemplo, o problema costuma ser provocado por cicatrizes na córnea em decorrência de falta de vitamina A, rubéola e sarampo.
Nas regiões com renda média per capita, a causa mais comum é a retinopatia prematura, que consiste no desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos da retina em recém-nascidos prematuros. Problemas simples como miopia, hipermetropia, astigmatismo e estrabismo, se não diagnosticados e tratados a tempo, causam baixa de visão por ambliopia na vida adulta. Já nos locais com alta renda per capita, anomalias congênitas, a exemplo de glaucoma e da catarata, são causas mais recorrentes de cegueira infantil.
Quais são os sintomas mais comuns?
Bebês enxergam 30 vezes menos do que os adultos com visão normal. Apesar disso, é esperado que eles observem a luz e acompanhem vultos. Se a criança não reage a estímulos luminosos, por exemplo, trata-se de um possível sinal de que ela possui alguma alteração na visão.
Outros sintomas de cegueira em bebês são: movimentação anormal dos olhos, presença de substância amarelada, acinzentada ou esbranquiçada na pupila, pálpebra caída (ptose), coceira recorrente nos olhos, sensibilidade excessiva à luz, lacrimejamento demasiado, dificuldade para abrir os olhos e estrabismo acentuado.
À medida que a criança cresce, podem aparecer outros sintomas, como olhos desviados para dentro ou para fora, quedas frequentes, queixas de visão embaralhada ou dupla, olhos vermelhos mesmo sem coçá-los, inclinação da cabeça para os lados ou para frente na tentativa de enxergar algo, ocorrência de dor e cansaço visual na fase escolar, dificuldade para ler, baixo rendimento estudantil e desinteresse em sala de aula. Ao notar esses sintomas isolados ou em conjunto, os pais devem levar seus filhos imediatamente ao oftalmologista.
Como evitar a cegueira em crianças?
A estatística é extremamente significativa: cerca de 40% das causas de cegueira infantil podem ser evitadas!
Para prevenir problemas oculares, medidas simples como o cuidado com a higiene dos alimentos, a vacinação contra rubéola e o consumo de água potável durante a gravidez já reduzem significativamente os riscos.
Outro cuidado importante é assegurar que o bebê passe pelo teste do olhinho depois de nascer. Esse teste ajuda a diagnosticar precocemente doenças que provocam cegueira, tais como o glaucoma, catarata, retinoblastoma e retinopatia. Quanto mais cedo as alterações forem identificadas, maiores são as chances de evitar a evolução para a cegueira. Toda criança deve fazer um exame oftalmológico uma vez a cada ano desde o nascimento!
Quer saber mais sobre cegueira infantil? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como oftalmologistas em Belo Horizonte!